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Brasileira conta como é ser mãe de uma criança entre as mais inteligentes do mundo

Laura, de apenas 9 anos, é uma Gifted Child, termo usado nos Estados Unidos, para denominar crianças com elevadas habilidades intelectuais/Foto: Divulgação

 

Com apenas 9 anos Laura entrou para Mensa, entidade internacional que reúne pessoas com elevado QI, medida que afere o grau de inteligência dos indivíduos. Sua mãe, Bruna, procurou aprender ao máximo sobre a condição da filha, que precisa de mais estímulos do que as demais crianças. “Ao descobrir, por meio da escola, que minha filha é superdotada, procurei pessoas com alto QI para conversar e entender o que posso fazer como mãe”.

 

Ela procurou o luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que mora hoje em Portugal. Fabiano é neurocientista, filósofo, escritor e psicanalista, entre outras habilidades. O currículo extenso é reflexo da inquietação destes gênios. Para o também integrante da Mensa, Laura teve uma sorte que ele mesmo não teve.

 

“Essa identificação precoce define o futuro da pessoa. Quando a criança e a família têm a consciência das habilidades, pode usar isso a seu favor no desenvolvimento e se tornar um adulto diferenciado, mas falta deste olhar em nossa sociedade, que determine a capacidade das pessoas e o aproveitamento delas de maneira que se sintam felizes e confortáveis”.

 

Fabiano descobriu sua capacidade já na fase adulta e sabe a importância de ter uma educação diferenciada. “A escola era entediante para mim, ver que a Laura poderá ser desafiada desde cedo em uma escola especial é muito positivo”, avalia.

 

Laura estuda agora em uma classe para crianças com habilidades diferenciadas, como superdotados — condição que muitas vezes tem conexão com elevadas habilidades cognitivas.“A psicóloga afirmou que ela tem ótima convivência social, pois interage muito bem com as crianças, brinca, olha nos olhos, portanto, sua parte social é ótima”, explica a mãe.

 

A mãe relata que a projeção da filha, na imprensa, teve repercussão positiva e, infelizmente, também negativa. “Há comentários tão horríveis que custo acreditar que existam pessoas que percam tempo escrevendo isso”, desabafa Bruna. Entre as acusações dos internautas, é de que a menina não teria tempo de ser criança. “São afirmações de pessoas que não nos conhecem, ela é criança o tempo inteiro, ela brinca muito”, revela.

 

Como identificar?

 

Laura foi identificada pela psicóloga da escola, já que nos Estados Unidos há cuidados nas escolas, mesmo nas públicas, em relação a estas crianças. Alguns fatos que despertaram a atenção dos professores foram o desempenho diferenciado em sala de aula.

 

“Em conversas com a professora, me contaram que acontecia muito de darem uma atividade e ela ser a primeira a acabar, ficava ociosa, então a professora dava outra tarefa e a Laura concluía. A professora então dava algum livro para ela ler em um canto, situações como estas fizeram com que a escola percebesse que ela precisava de mais estímulos”, lembra Bruna.

 

A mãe espera que história da filha  se popularize. “Penso em quantas crianças consideradas rebeldes existem no Brasil que na verdade são superdotadas e não têm incentivo”. Outra característica é um senso de justiça elevado para sua idade. “Ela vê notícias sobre crimes e assuntos violentos e fica muito impressionada, às vezes passa dias falando naquilo, precisamos explicar como o mundo é de forma realista e sem deixá-la chocada”.

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